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quarta-feira, dezembro 13, 2006

Enterrado menino que foi seqüestrado e morto por prima em Nova Venécia.

Enterrado em Nova Venécia, na região Noroeste do Espírito Santo, o menino de nove anos seqüestrado e morto por um casal parente da vítima. O corpo Vinícius de Jacob foi velado no salão da Câmara municipal da cidade, durante toda a sexta-feira. O enterro aconteceu no cemitério Praça Rica, no município de Vila Pavão, a 35 km de Nova Venécia. Foi marcado por muita emoção. Os pais da criança estão inconformados. Uma prima do menino e o namorado dela estão presos acusados de planejar o crime.


Vinícius Jacob foi seqüestrado na porta da escola particular onde estudava. Os seqüestradores Walter Vespasiano Filho, de 37 anos, e Waldirene Nass, de 35 anos, culparam um ao outro pela morte da criança. Vespasiano afirmou que não tinha a intenção de matar o menino. “Eu percebi que ele havia morrido quando parou de se debater no porta-malas do carro e estava com a boca toda roxa. Aí eu fiquei sem reação uns cinco minutos. A polícia chegou, viu o corpo e me prendeu em flagrante”, contou.



A prima da criança, Waldirene Nass, alega que não tinha nada contra o menino e nem contra o pai dele, um empresário bem sucedido no ramo de mármore e granito. Disse que até deixava o filho dela brincar com Vinícius Jacob. Mas, não foi o que a Polícia Civil constatou nas investigações iniciais. Os indícios revelam que o crime foi motivado por partilha de bens na família e que o seqüestro foi praticado para extorquir o pai da vítima.



“Isso tem haver com uma partilha de bens em cima da exploração de pedras. A mulher queria reaver parte da importância que teria direito. Então planejou um seqüestro por R$ 250 mil e a criança acabou sendo assassinada antes de chegar até o suposto cativeiro. Houve a intenção de matar”, contou o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Danilo Bahiense, que ficou chocado com a frieza do episódio. “Foi lamentável. Uma criança de dez anos, apanhada na escola e a participação da prima da vítima no crime. É um crime muito grave”, disse.


O casal que teria planejado o crime foi transferido da Delegacia de Nova Venécia para a DHPP, em
Vitória, por correr risco de morte. A transferência foi feita num helicóptero da Polícia Militar. Moradores do município, ainda bastante revoltados, ameaçavam invadir a delegacia para linchar os assassinos. De acordo com o delegado, apesar das mudanças, as investigações continuam com a Polícia Civil de Nova Venécia. A sede da DHPP serviu apenas de abrigo para o casal, que já foi levado para presídios da Grande Vitória após prestar depoimento.



Aluno da 3ª série da Escola Evolução, Vinícius foi rendido quando saía da escola, na manhã de quinta-feira. Em seu depoimento à policia, Walter Vespasiano Filho contou que chamou o garoto e lhe ofereceu carona. Já no carro, o menino teria sido imobilizado pelo pescoço. A vítima seria levada até outra cidade.
Como o garoto teria desmaiado no caminho, Walter não seguiu adiante. Resolveu parar num motel para pensar em outra estratégia.
Ao chegar ao estabelecimento o suspeito teria constatado a morte do menino e tentado fugir. Mas, foi preso em flagrante.
A versão do criminoso não é confirmada por dois funcionários do local. Eles afirmam que o garoto chegou ao motel às 11h58, com vida.
Uma das testemunhas disse que ouviu gritos e o barulho de um pedaço de fita adesiva sendo rasgado.
Ao olhar por uma fresta na porta, viu o menino sendo encapuzado e tendo os pés amarrados.O funcionário teria ouvido, também, Walter perguntar se o menino estava respirando. Vinícius Jacob teria respondido que sim. Assustada, a testemunha ligou para a polícia e pediu ajuda. Meia hora depois, os agentes chegaram e encontraram Walter Vespasiano já na garagem. O suspeito foi revistado e, ao ser questionado sobre o que havia no carro da noiva, teria respondido que era um corpo.Ao abrirem o porta-malas, os policiais encontraram a criança já morta. Não havia sangue nem sinais aparentes de violência, o que reforça a tese de que o garoto foi asfixiado ou estrangulado. “Estou muito revoltado.
Não posso nem acreditar que minha sobrinha teria sangue frio para fazer uma coisa dessa. Ela não saía da casa do menino. Esse Walter eu vi umas três vezes, mas nem sei o que faria se topasse de frente com ele”, contou Gilto Jacob, de 45 anos, tio da acusada pelo crime.

Na página que o menino mantinha num site de relacionamentos na internet, ele se caracterizava como um "loirinho legal e simpático". Uma de suas maiores paixões era o futebol. Além disso, o menino participava de várias comunidades veiculadas ao esporte. Seu ídolo era o craque Ronaldinho Gaúcho, e o clube do coração era o Flamengo.
Ainda no site Orkut, Vinícius, sempre alegre, aparece em várias fotos ao lado dos amigos, familiares e faz uma homenagem a um time da escola. Depois da morte dele, várias pessoas já passaram pela página do site de elacionamento e postaram diversas homenagens.

Comunidade do Orkut:

:: Vinicius Jacob - Justiça ::
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=24918505